Realizada mais uma sessão plenária ordinária
Os vereadores rondaltenses realizaram mais uma sessão plenária ordinária na noite de terça-feira, 18 de junho. Leia a seguir os pronunciamentos do grande expediente:
Antão Lindomar Pavoski disse que os nomes dos vereadores e deputados que direcionam emendas para Ronda Alta devem ser sempre lembrados
O primeiro a se manifestar foi o vereador Antão, que começou falando sobre as viaturas: “dias atrás o colega Vitor disse que estava desanimado, pois parece que seu trabalho e não é valorizado. Mas eu discordo, pois são poucos que fazem isso. As pessoas que conhecem a verdade reconhecem. Eu por exemplo. Esta emenda era pra eu ter feito o pedido, mas quando conversei com o colega Vitor ele já tinha entrado em contato com o Deputado Márcio Biolchi. Inclusive fui convidado a participar da cerimônia de entrega e Porto Alegre, mas não aceitei, pois o colega já estava tratando do assunto. Dias atrás, o Prefeito quis fazer entender que as viaturas vieram por amizade dele. Não! Teve dificuldade, Ronda Alta já tinha até perdido os veículos, mas o colega Vitor foi atrás, batalhou, e as viaturas vieram para o município”. O vereador continuou sua fala, destacando “o prefeito falou também das emendas parlamentares e quando disse que os vereadores da bancada do PP arrumaram recursos para a Rua Tiradentes, ele falou a verdade, mas porque não dizer o nome dos vereadores: José Fontana e Carlos Gavioli? Não custa dizer os nomes, nem do deputado, que no caso é o Covatti Filho. Como que os nomes dos deputados aliados ele divulga? Porque esta discriminação? O Cherini mandou R$ 250 mil pra Miguel Beux e eu não me conformo, até hoje, só com o asfalto até aquela altura, pois na época o projeto dava para bem mais. E o Cherini não mandou somente este valor, tem mais 250 mil chegando para a saúde de Ronda Alta e mais R$ 300 mil para breve. Então, não precisa esconder os nomes dos vereadores e deputados que encaminham emendas para Ronda Alta, precisamos ser humildes e reconhecer quando alguém traz algum recurso, isso é bom e nada irá me desmotivar, inclusive estou tentando encaminhar um recurso para o ano que vem no valor de R$ 1 milhão para investir em algumas áreas do município”.
Luiz Antônio Gadini destacou a Reforma da Previdência e a situação do funcionalismo público estadual
Tonho iniciou falando sobre a Reforma da Previdência dizendo que “é mais ou menos o que aconteceu com a Reforma do Trabalho, onde se prometia horrores e o que aconteceu, na prática, é o que está acontecendo com os funcionários, a exemplo dos servidores do Estado do RGS, que se tiverem que tirar uma licença saúde, vão pra rua. Então, estas são as reformas propostas”. Prosseguindo, falou “dias atrás comentei que tinha muita coisa por trás da condenação, às vésperas das eleições do ano passado, lembrando que não estou dizendo que a pessoa é inocente, mas agora ficou comprovado, e tem muita coisa ainda para aparecer, que foi acelerado o processo de condenação para que o político em questão não pudesse ser candidato. Portanto, se queremos que as coisas sejam corretas não podemos bater palmas para isso”. Continuando, Tonho falou sobre o parcelamento do salário dos funcionários públicos do Estado, o término do plano de carreira dos professores e a demonização dos servidores públicos no país inteiro, como se eles fossem os responsáveis por tudo o que vem acontecendo no Brasil. “Sei que temos problemas, mas não se pode demonizar uma categoria e colocar todas as ações que ocorrem hoje em cima dos funcionários públicos. É importante que o nosso Sindicato comece a perceber esta questão, pois as coisas estão vindo de lá pra cá prontas e, se aceitarmos como as coisas estão acontecendo, isso ocorrerá aqui no município também”. Concluindo, o vereador enfatizou que tem acompanhado a situação de vários municípios da região e destacou que “a objetivação de recursos é a grande saída. Todos sabem a quantidade que o Estado tem deixado de repassar às prefeituras. Com os investimentos que estão previstos em lei, no caso 15% em saúde, 25% em educação, entre outros, as coisas estão andando em Ronda Alta. Os funcionários recebem seus salários em dia, as reposições estão em dia, então, as coisas estão andando corretamente. Quero também lembrar que, no caso dos asfaltos, a cobrança de contribuição de melhorias está prevista em Lei há vários anos. Encerro minha fala deixando meus parabéns à Administração Municipal pelo trabalho que vem sendo desenvolvido”.
José Fontana comentou assuntos de nível Federal
Ao utilizar o grande expediente, o vereador Fontana iniciou dizendo “hoje gostaria de me referir sobre a desconstrução que está sendo feita da imagem do Juiz Sérgio Moro. É impressionante o que está acontecendo. Não tenho dúvidas de que ele é a maior personalidade brasileira na atualidade. Aplaudido no mundo inteiro. E está sendo feito de tudo pra desconstruir a sua imagem. Sobre as possíveis ilegalidades que ele possa ter comprometido, naquela ocasião que houve aquelas gravações com relação ao ex-presidente Lula e a Dilma, só foi batido nas questões da ilegalidade da gravação. Nunca se falou no mérito das questões, se havia, se não havia, se era procedente ou não. Se falava na ilegalidade e, estranhamente, agora só se fala naquilo que foi revelado nos áudios. Agora não se fala em ilegalidade. Então se tem um discurso para cada situação? É muito claro isso, é lamentável, mas a esquerda brasileira está se portando desta maneira. Acho que não há o mínimo de coerência e mesmo que tenha havido precipitação, atropelo, seja o que tenha acontecido, o objetivo não era para fraudar ninguém, não era para roubar de ninguém, não era pra desviar recursos, não era para lavagem de dinheiro, era sim para apurar irregularidades, roubalheira, lavagem de dinheiro e uma série de outros crimes cometidos. Então o peso, com certeza, é diferente neste sentido”? O vereador continuou comentando que “ocorreram quatro movimentos sociais nos últimos 60 dias. Um do verde e amarelo e três organizados pelas entidades sindicais, pelos partidos de esquerda, entre outros. Lá nos dois primeiros o que se falava era em defesa da educação, mas se ouviu muito mais Lula Livre e Fora Bolsonaro do que propriamente discussões sobre os temas da educação. Já na greve geral, assim declarada, a coisa foi pior, pois aconteceram piquetes, barricadas, depredações, brigas, confrontos com a polícia, impedindo as pessoas que precisavam transitar. Neste sentido quero me referir, na diferença de cada movimento, quando são os verde amarelo as passeatas são pacíficas, não há agressões, não precisa da interferência da polícia. Então é pra gente ver que de repente estamos do lado certo”. Seu Fontana concluiu falando sobre a determinação do Presidente Bolsonaro: “ele pode ter cometido falhas, pode ter precipitado muita coisa, mas ele é predestinado a abrir a caixa preta do BNDES, assim como tantas outras investigações. Ele vai até o fim, custe o que custar. Espero ainda que todos, independente de partido, que estejam envolvidos em esquemas de desvio de dinheiro e corrupção, sejam julgados e punidos, exemplarmente, para passar de uma vez por todas este país a limpo”.
Silvânio Roque Lucca parabenizou as ações desenvolvidas na Secretaria Municipal de Saúde
Em sua fala, Lucca destacou que “nós brasileiros estamos ansiosos que a corrupção termine. Que as investigações prossigam e tenham resultado. Nós temos que apurar todos os fatos. Sugiro que Bolsonaro e a justiça investiguem também o Queiroz e o Flávio Bolsonaro. Nesta questão da Intercept, que está claro, ainda não apareceu tudo, nós já falávamos no passado e cada vez me convenço mais. A única forma de tirar os projetos que beneficiavam a população brasileira e o PT do governo era de fato armar uma arapuca muito bem articulada entre os poderes constituídos para tirar a Dilma e depois proibir a candidatura do Lula, pois todos sabem que se não fosse isso, o Lula seria eleito novamente. Então, assim como queremos que a corrupção termine, também queremos que estes fatos venham à tona, pois a população precisa saber, é isso que desejamos, pois não dá pra admitir que apenas quando são grampos entre o PT o tema é valioso e tem que ser punido. Agora quando se tem uma interceptação de conversa onde se trama a prisão de um ex-presidente daí não valem os grampos? Então temos que ter claro que as duas partes têm que valer”. Ao prosseguir, Silvânio destacou que também participou de atos contra a Reforma da Previdência e que em nenhum deles ocorreu casos de baderna como os que o colega citou anteriormente. O vereador também aproveitou para parabenizar o excelente trabalho que vem sendo feito no setor da Saúde do município. “Muitas vezes o percentual gasto na saúde não é o mais importante, e sim, temos que avaliar os resultados. Fui buscar os números da Secretaria, relativos ao último ano, e de junho de 2018 a junho de 2019 foram feitas 671 viagens para transporte de pacientes para outros municípios, atendidos 4.078 passageiros e feitos mais de 100 mil atendimentos de saúde nas três estratégias, sem contar os atendimentos especializados e a aquisição de medicamentos com até 80% de desconto por meio do Consórcio. Desta forma, quero parabenizar a Secretária pelo ótimo trabalho que vem sendo realizado no setor”. Antes de finalizar, Lucca comentou sobre o Jantar do Peixe e as ações de fomento à piscicultura que o município vem fazendo desde o ano de 2013 e destacou as demais atividades de incetivo na área agrícola, dentre elas a avicultura.
Vitor Roque Cavazini rebateu críticas vindas do Poder Executivo
O vereador Vitor iniciou parabenizando a Secretária de Saúde pelo belo trabalho feito em sua secretaria e prosseguiu dizendo “em nenhum momento critiquei nenhuma secretaria deste município. Uso sim os espaços para dar ideias, porque eu sou uma pessoa de ideias. Peço à comunidade que reclame quando não for bem atendida, para melhorar o atendimento e gastarmos cada vez mais e melhor os recursos públicos em prol da comunidade. Sobre o asfalto, que seja cobrado sim da população, mas na maneira que a Administração irá pagar junto ao Banco. Se é maldade ajudar as pessoas, meus pais educaram a maldade a vida toda. Maldade é usar os recursos públicos para se promover. Agora, pelo que se ouve falar, os médicos vão trabalhar oito horas. Não éramos nós os administradores que deixavam eles fazer 4, 5, 6 horas. Em nenhum momento falamos isso. E não será agora que falaremos. Somos seres humanos e temos nossos limites. Sobre as emendas, toda vez que uso o espaço da rádio eu falo bem da Câmara de Vereadores e, diga-se de passagem, o Gasparetto e o Odemar deveriam se orgulhar de ter nove vereadores, com 5 a 4, e os projetos andando. Sem negociatas. Imaginem se fosse no passado? Nós poderíamos ter uma sociedade feliz por termos nove pessoas preocupadas com Ronda Alta. Sem usar os espaços da rádio para ficarem pegando no pé de um coitado que perdeu o seu capital por causa de uma doença. Que usa seu carro e seu dinheiro para servir as pessoas, coisa que fiz a vida toda, e continuarei fazendo. O problema da minha propriedade foi a Tuberculose. Eu teria hoje uma renda mensal de mais de R$ 100 mil. A pessoa tem que ser forte, pois perder seu trabalho que tinha desde ao 14 anos não é fácil. Nunca tirei um paciente da clínica pra levar para outros municípios. São as pessoas que me ligam pedindo. Poderiam no próximo ano fazer uma eleição para mexer com toda a região e mostrar que aqui se pensa no município, mas não querem isso. Parabéns, meus colegas de bancada, por fazerem os projetos andarem em benefício da nossa população, sem pedir nada em troca”. O vereador encerrou sua fala comentando sobre as emendas que conseguiu recentemente para a saúde e segurança pública através do Deputado Biolchi.
“As coisas sempre têm dois lados e a gente tem que respeitar ambos”, destacou a vereadora Juraci Lourdes Machado da Silva
A vereadora Juraci também se manifestou no grande expediente, quando falou que “vivemos um momento da história muito tenso. Penso que temos que ver o bem para o nosso município. Em meio a este turbilhão de sentimentos, quero dizer que coisas boas também acontecem e falar sobre as iniciativas que ocorrem em nosso município, dentre elas, quero compartilhar que nesta semana a Secretaria de Assistência e Integração Social, com o apoio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, realizou lindas confraternizações juninas com os grupos de terceira idade. Foram tardes maravilhosas, quando todos puderam se divertir e participar de brincadeiras. Precisamos oportunizar para as pessoas estes momentos especiais, pois ligamos a TV e só assistimos a roubalheiras. Pensamos que iriamos ver outro momento da história, mas o que estamos vendo é uma regressão. Não há avanços. Só se pensa em tirar os direitos dos trabalhadores, não se vê uma luz no fim do túnel. Para o lado dos pequenos, só se vê dificuldades e perseguições. Isso já vem ao longo da história. Sou filha de agricultores, de assentados, e carregamos esta marca desde aquela época. Sempre fomos taxados de baderneiros e não é verdade que a reforma agrária não deu certo, não é verdade que as pessoas que lutam são baderneiras, porque sempre vai ter no meio alguém que quer fazer bagunça. Meu irmão ainda está lá, na terra do meu pai. Ele é assentado. Eu também sou assentada e continuo morando na terra. Eu teria aqui inúmeros exemplos de que a reforma agrária deu certo, sim. Existem dificuldades, mas os governos Lula e Dilma foram os que mais proporcionaram vitórias às pequenas propriedades. Tivemos também as reformas das residências, pelo programa Minha Casa Minha Vida, que mudaram totalmente o visual do interior. A maioria das propriedades receberam reformas através deste programa. Então, as coisas sempre têm dois lados e a gente tem que respeitar os dois. Estou aqui como vereadora e representante da comunidade e das mulheres. Temos muita coisa boa pra comemorar, entre elas, destaco também o maravilhoso Jantar do Peixe, ocorrido recentemente. Parabéns aos organizadores”.
Moacir Orbak cobrou explicações sobre o projeto do Distrito Industrial
O último vereador a se manifestar foi Moacir Orbak, que iniciou falando sobre a entrega de viaturas para Ronda Alta “não pude comparecer no ato da entrega e quero agora parabenizar o colega Vitor que batalhou para que os veículos viessem para o município”. Dando sequência, Moacir falou sobre os projetos dizendo que “a Casa está andando muito bem e espero que não sejam trazidas brigas pessoais pra dentro da Câmara, porque já estamos aqui há quase dois anos e meio e só tivemos a rejeição de um projeto, porque achamos que não era importante naquele momento. Os demais projetos foram aprovados, muitos inclusive em regime de urgência”. O vereador prosseguiu falando sobre o projeto do Distrito Industrial “todo mundo sabe, é uma obra de extrema importância, de grandes custos e que a Prefeitura bancou uma grande parte e agora está parada e certamente o proprietário está utilizando como lavoura. Quem arcará com as despesas? Nossos pequenos agricultores precisam de uma carga de terra ou de cascalho, têm que pagar. Quem pagará por isso? Quero saber os custos desta obra que não saiu do papel. Passou o período eleitoral e aquilo ficou abandonado. Então, são altos custos que a comunidade tem que saber”. Sobre o projeto do asfalto, o vereador disse que “somos cobrados na rua. O projeto veio de última hora e, se não votássemos, os recursos voltariam. Se isso acontecesse a culpa seria da Câmara de Vereadores. Este asfalto, pelo tempo que está aí, já deveria ter saído do papel, mas tem momento que falta o britador, depois falta patrola, e por aí vai. Nossa população não aguenta mais isso e acho que é o momento de concretizar estes investimentos e financiamentos, pois a Câmara não irá mais aprovar financiamentos até que se realizem as obras”.